Ev.Lucas e Cleonice Esteves (esposa)

sábado, 16 de outubro de 2010

NÓS ESTAMOS PRONTOS PARA SOFRER POR CRISTO?

Execuções no Irã

IRÃ - “Estudava na universidade, tinha meu próprio apartamento e não vivia mais com meus pais. Para muitos jovens, isto soa ótimo, mas eu era muito sozinha, sentia falta da minha família. Deprimida, chorava todos os dias por horas, sem saber o porquê. Então minha mãe veio a Europa visitar um tio, mas veio como outra pessoa. Minha mãe não dizia muito a respeito da viagem, mas eu vi paz nela e que era exatamente o que eu estava procurando”, compartilha Mary, uma cristã secreta iraniana, que participou do treinamento de discipulado com o marido, Hamy.

E a paz entrou no coração de Mary: “Minha mãe disse para eu entregar meu coração a Jesus. Ela disse que ele me daria paz. Eu decidi orar a Deus e consegui um Novo Testamento. Aparentemente as coisas mudaram imediatamente em minha vida. Por exemplo, eu usava remédios para dormir a anos. Mas após ler o Novo Testamento, eu coloquei os remédios debaixo do meu travesseiro e a partir daí senti sono sem eles. Foi um milagre e eu agradeço a Deus por isso.”

Mary era muito sensível sobre muitas coisas em sua vida; pequenas coisas já a machucavam. “Nunca tinha assistido ao filme de Jesus antes, mas uma vez tive um sonho, onde uma parte desse filme me veio a mente. Via um rio e pessoas com roupas de épocas antigas. No rio Jesus se levantou e disse-me para vir ser batizada. Percebi que tinha de fazer algo, e não somente ler a Bíblia. Na mesma época minha mãe veio novamente a Europa para fazer seminário. Quando ela veio em casa começou a me ensinar mais e mais sobre a Bíblia.”

Marry
Ela também tinha um namorado e pensava em casar. “Mas meus pais não queriam que me casassem com ele, e eu mesma não tinha certeza disso. Decidi romper com ele. Voltei para casa e comecei a ter contatos com cristãos, e comecei a estudar a Bíblia.” Então Mary recebeu um telefonema de um parente da Península Arábica: “Minha tia de lá teria um bebê e me pediu para ajudá-la nos primeiros seis meses. Eu não sabia, mas seria um momento difícil. Minha tia e o esposo tiveram problemas e eu estava no meio. Deus me disse que seria um tempo de treinamento para mim. O casal fez um monte de problemas para mim e eu tive de ter paciência. Após um tempo, o casal descobriu que me causaram muitos problemas e se desculparam. Eles viram em mim algo que queriam ter muito. Então, eu contei meu segredo e eles vieram para Cristo.”

No total, Mary esteve lá por um ano. Infelizmente, ela não teve possibilidade de ter contato com uma igreja ou cristãos, mas experimentou o contato com Deus, que foi muito forte. Após seu tempo na península, Mary teve de voltar para o Irã. “Eu perguntei a Deus se então eu poderia encontrar um marido lá. E sim, alguns meses depois eu conheci Hamy, e estamos casados já há algum tempo, e juntos temos um grupo familiar. Louvado seja o Senhor!”

Hamy
Hamy nasceu em uma forte família islâmica. “Meu pai ensinou-me todos as regras do islã e eu fui um bom muçulmano, até na universidade. Eu era de uma cidade do sul do Irã e fui estudar no norte, muito longe de casa e isso me proporcionou oportunidades interessantes.” Hamy tinha medo de ler outros livros religiosos que não fossem o Alcorão, mas os estudantes disseram que ele não precisava temer ler outra coisa; como um ser humano você deve saber mais. Então Hamy começou a ler mais coisas não-islâmicas, e tentou se tornar músico, já que tocava muito bem violão clássico. Por muitos anos se concentrou em música e tentou ficar em paz com isso. “Eu era muito bom em música, e tentava manter contato com Deus por meio disso, mas não encontrava paz. Percebi também que o Islã não pode ajudar com as inquietações do coração. Eu contei aos meus pais e perguntei porque rezar.”

Mas as coisas começaram a mudar na vida de Hamy: “Eu tinha um tio na Europa que tinha se tornado cristão. Antes de sua conversão ele não era uma boa pessoa, mas após, se tornou muito melhor. Ele sempre telefonava para meus pais e falava para se tornarem cristãos. Na verdade, eles não gostavam disso, mas eu estava interessado. Achei o telefone do meu tio e liguei perguntando sobre o que ele queria dizer com aquilo. Meu tio explicou-me que eu poderia pedir imediatamente a Deus que entrasse em minha vida; ali mesmo, no telefone. E na verdade, eu fiz...”

Então Hamy necessitava de um discipulado e não havia ninguém ali capaz de instruí-lo biblicamente; ele apenas podia assistir TV. “Então encontrei treinamento e por mais de um ano, nunca tive um contato com cristãos. Liguei para a estação de rádio e contei que não havia ninguém para ter contato comigo. Eles me disseram que arranjariam um contato para mim. Também disse não ter contato com nenhuma igreja. A estação trouxe-me um contato com um casal e pela primeira vez, tive contato com cristãos. Ainda tive contato com grupos familiares e ali recebi um bom ensino.”

Evangelismo
Hamy começou a compartilhar o pouco que sabia da fé cristã com outros e já oito amigos, além de sua mãe, vieram a Cristo. “Aquilo foi milagre e eu não entendia o que estava acontecendo. Meu pai tornou as coisas difíceis para mim. Disse para não falar mais disso a ninguém, nem assistir a TV, mas como eu poderia fazer isso? Estou cheio do Senhor Jesus Cristo e preciso evangelizar outras pessoas. Ore ao Senhor para que me capacite e proteja-me.” Hamy não gosta do seu país por conta da sua situação e sistema, mas ama as pessoas. Seu tio pediu diversas vezes para que fosse para a Europa, mas quando ele pensa no seu povo, desiste de deixar seu país. “Estou realmente pronto para morrer por Deus, e isto não se trata de uma reação emocional.”

Tradução: Carla Priscilla Silva
Fonte: Portas Abertas

O Irã é país que ocupa o 2º lugar entre as nações mais hostis ao cristianismo, segundo lista elaborada pela Open Doors International, a Missão Portas Abertas, perdendo somente para a Coréia do Norte.

Conheça o trabalho da Missão Portas Abertas pelo site www.portasabertas.org.br

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